quinta-feira, 21 de maio de 2015

Mapa da Desigualdade: o abismo social na saúde entre distritos da cidade de São Paulo

“A principal questão na cidade é a desigualdade social, todos os demais problemas decorrem daí.” Essa é avaliação feita pelo coordenador geral da Rede Nossa São Paulo, Oded Grajew, no evento de lançamento da versão atualizada do Mapa da Desigualdade na capital paulista, ocorrido em 19/5/15.


Dos 96 distritos do município de São Paulo, 30 não têm leitos hospitalares, mostra relatório da organização não governamental Rede Nossa São Paulo. O Mapa da Desigualdade compara indicadores das diferentes regiões da capital paulista com base em dados econômicos e sociais.

A melhor situação neste item foi verificado no Jardim Paulista, bairro nobre da zona oeste, que tem 35,53 leitos por mil habitantes (hab). Na outra ponta, estão distritos como Vila Medeiros, na zona norte, com proporção de 0,04 leitos por mil/hab, representando uma diferença de mais de 880 vezes. O dado considera leitos públicos e privados.

O coordenador geral da rede, Oded Grawej, destaca que há grandes diferenças entre o número de equipamentos públicos disponíveis nas regiões mais centrais e a periferia. “Para onde vai o recurso é uma decisão política e também depende da pressão de determinados setores da sociedade. Pelo visto, o setor da sociedade mais rico, que tem melhores indicadores, tem levado vantagem, porque a gente vê o resultado que está aí: a cidade é muito desigual.”

Em relação aos leitos hospitalares, a média da cidade é 2,99 por mil/hab, sendo que a meta é 2,5 a 3 leitos por mil/hab, conforme referência do Ministério da Saúde.


Outro exemplo do abismo social entre as diversas regiões da cidade apontado pelo estudo é o índice de gravidez na adolescência – porcentagem de nascidos vivos cujas mães tinham 19 anos ou menos, sobre o total de nascidos vivos de mães residentes. No distrito de Marsilac, extremo sul da capital paulista, esse indicador é de 26,21. Já em Moema, região nobre da cidade, o índice é de apenas 0,585, ou seja, 45,45 vezes menor.



Clique aqui e confira os dados do Mapa da Desigualdade em São Paulo e os zeros da cidade.

Fontes: Rede Nossa São Paulo e EBC



terça-feira, 19 de maio de 2015

Indicação de vacinas em pacientes diabéticos

- A decisão para recomendar uma vacina envolve a avaliação dos riscos da doença, os benefícios da vacinação e os riscos associados à sua realização;

- Não se considera o diabetes mellitus (DM) desaconselhável a nenhuma vacina;

- Recomenda-se vacina conjugada pneumocócica heptavalente a todas as crianças entre 2 e 23 meses de idade e para as de alto risco entre 24 e 59 meses de idade;

- A vacinação para influenza é recomendada para pacientes diabéticos e deve ser administrada anualmente;

- A vacina contra herpes-zóster está recomendada para adultos com mais de 60 anos sem história prévia da doença;

- A vacina contra hepatite B está indicada universalmente.


Vacina contra influenza

Recomenda-se, atualmente, a crianças com 6 meses ou mais, com DM. Entre pacientes diabéticos, a vacinação reduziu em 54% o número de hospitalizações e em 58% a taxa de mortalidade. Deve-se administrá-la anualmente.

Fonte: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2013/2014
 
 
 

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Jornalismo e Democracia

Em um momento em que as instituições democráticas apresentam certa fragilidade, em que a política segue em crescente tensionamento e a economia mostra sinais de crise, o que acontece com a mídia? Como o jornalismo se coloca pra contar esse momento da história do país? Quais interesses a grande mídia defende? Este foi o debate no programa Melhor e Mais Justo exibido em 14/05/2015, pela Rede TVT.







quinta-feira, 14 de maio de 2015

Curso à distância sobre saúde LGBT - inscrições até 10 de setembro de 2015

O Ministério da Saúde (MS) e a Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS) lançaram em 12.05.15 o curso “Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT)”. Feito à distância pela internet, o curso é gratuito e voltado para profissionais de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente os que atuam na Atenção Básica, mas pode ser feito por qualquer pessoa interessada no tema, incluindo gestores, conselheiros de saúde e lideranças e ativistas LGBT. 
 
O objetivo é capacitar profissionais de saúde para atender, de forma qualificada, às necessidades de saúde da população LGBT, ampliando o conhecimento sobre a Política de Saúde Integral LGBT. As inscrições podem ser feitas no site na UNA-SUS até 10 de setembro de 2015.

O lançamento do curso faz parte da programação do Seminário de Avaliação da Formação na Política Nacional de Saúde Integral LGBT e o Controle Social do SUS, que acontece de 11 a 13 de maio, em Brasília, para avaliar os cursos de formação para lideranças e ativistas LGBT já promovidos e construir projeto de formação para o biênio 2015-2016.

Segundo a secretária de Gestão Participativa do Ministério da Saúde, Katia Souto, os cursos são importantes para formar lideranças e incentivar a participação social. "Dentro de uma perspectiva de educação, é muito importante esse acompanhamento. A Pátria Educadora só poderá avançar com participação social, com o fortalecimento da formação de lideranças", afirmou Katia, em depoimento ao Portal Brasil.

O programa foi desenvolvido de forma intersetorial e participativa, pelas secretarias de Gestão Estratégica e Participativa (SGEP) e de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde (SGETS) do ministério e pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), com colaboração do Comitê Técnico de Saúde LGBT. A universidade integra a Rede de Instituições Ensino Superior da UNA-SUS.

Para mais informações, acesse o Portal UNA-SUS.
 
Fonte: Portal Brasil
 

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Câmara Municipal de São Paulo promove debate sobre diabetes tipo 1 em 08/05/15

No próximo dia 8 de maio, entre 9 e 12h, será realizado um evento na Câmara Municipal de São Paulo. Segundo a Dra. Karla Mello (1), que está à frente do projeto, o objetivo é discutir a situação do diabetes tipo 1 no Brasil e estratégias para melhorar o controle glicêmico e a qualidade de vida dos pacientes.

A sala do evento comporta 90 pessoas e, segundo a Dra. Karla Mello, é fundamental ter o local com o maior número de participantes para que haja um amplo debate com os gestores da saúde municipal, estadual e federal presentes no evento. “Espero termos uma plateia adequada para estabelecermos uma discussão cordial com os gestores e darmos mais um passo para obtermos, inicialmente, a incorporação de insulinas ultrarrápidas para menores 19 anos e seguirmos discutindo outras estratégias.” 

O debate envolve o processo de disponibilização de análogos de insulina na Rede Pública. Várias sociedades e associações estarão marcando presença.

(1) Karla Mello é PhD em endocrinologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo-USP, portadora de diabetes tipo 1 há 40 anos, responsável pelo setor de saúde pública da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) - que deu amplo apoio na divulgação da consulta pública da Conitec sobre a incorporação dos análogos de insulina para tratamento de diabetes tipo 1 e tipo 2, além de fornecer subsídios científicos para tanto - e fundadora do Núcleo de Excelência em Atendimento ao Diabético do HC-FMUSP.


E aí pessoal de São Paulo e região, vamos lá lotar a Câmara Municipal e mostrar que a comunidade diabética luta pelo aperfeiçoamento do tratamento do diabetes pelo SUS?